sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

19 gestores públicos custam 4,7 milhões

Cada gestor recebe em média 247 174 euros por ano, segundo um documento elaborado pelo CDS-PP e apresentado ontem no Parlamento.

Dezassete gestores de empresas públicas e dois presidentes de entidades reguladoras recebem por ano um total de 4 696 309 de euros em salários, prémios e outras regalias. O que significa 247 174 euros por ano em média cada um.

Estas contas foram feitas pelo CDS-PP e constam de um documento enviado ao Correio da Manhã. Ontem, no Parlamento, Paulo Portas usou-as para acusar as empresas públicas de "racionalidade económica a menos".

O líder do PP diz ser difícil de compreender, por exemplo, "como é que o governador do Banco de Portugal tem um salário de 243 mil euros por ano, que é quase o dobro dos 137 mil euros recebidos pelo presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos; ou que o o presidente da ANACOM receba, anualmente, 234 mil euros, um salário paradoxalmente superior aos 220 mil euros da chanceler Merkel", disse.

No 'top 3' dos gestores mais bem pagos pelo Estado, avança o mesmo jornal, encontram-se Fernando Pinto, presidente da TAP, Francisco Bandeira, que acumula a vice-presidência da CGD com o BPN e Faria de Oliveira, líder da Caixa Geral de Depósitos.

Fonte: Económico

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"ABUTRES"

Repórter TVI: «Abutres» retrata a corrupção no seio do Estado


O Estado perdeu 104 milhões de euros com as empresas da holding PARPÚBLICA no primeiro semestre de 2010. Reportagem de investigação de Rui Araújo, Rui Pereira e Carlos Lopes.

Em tempo de crise económica, financeira e de valores, o debate sobre a criminalização do enriquecimento ilícito está na ordem do dia.

A moralização da vida pública é cada vez mais uma necessidade que ninguém contesta. A corrupção, a fraude, o branqueamento, o tráfico de influências e a gestão danosa no seio do sector público minam qualquer estado de direito. E criam, por outro lado, pobreza e desde logo mais desigualdade.

«Abutres» é uma reportagem de investigação de Rui Araújo, Rui Pereira e Carlos Lopes, que retrata o caos vigente no seio de algumas empresas do Estado. No final, quem paga a factura é sempre o contribuinte.

O Estado perdeu 104 milhões de euros com as empresas da holding PARPÚBLICA no primeiro semestre de 2010.

Fonte: TVI24

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

COMUNICADO - Tarifas da Água


A Coligação “Por Vizela” cumprindo a sua obrigação política vem dizer o seguinte:


1. Foi e será ponto de honra a permanente monitorização da empresa Vimágua como fornecedora de bens de primeira necessidade como são a água e saneamento;


2. Depois dos sucessivos alertas da degradação dos rácios económico-financeiros, fruto de uma gestão errada e incapaz, que potenciaram a inevitável subida do preço da água e saneamento só em 2010 em mais 7,5%;


3. Depois da confirmação, pela Vimágua, da inexistência de investimentos previstos em Vizela para o ano de 2011;


4. Depois das promessas do Sr. Presidente de Câmara que afirmou recentemente que as tarifas da água e saneamento em 2011 se fixariam num aumento de 5%;


5. Constata a Coligação “Por Vizela”, conforme se demonstra nos quadros que se seguem, que o Sr. Presidente de Câmara, mais uma vez não disse a verdade aos vizelenses, já que estes terão que pagar a água e saneamento mais cara em 7,5%;


6. Isto é, os vizelenses no curto espaço de 1 ano são obrigados a pagar mais 15% pela água e saneamento;


7. Factos são factos e eles demonstram que o desnorte continua, a falta de verdade continua, a demagogia continua e já ninguém percebe qual a real posição do município de Vizela na Vimágua;


8. Uma coisa é certa, sorrateiramente, aos vizelenses é apresentada a factura da pobre gestão da empresa.



Exemplos,



1. ÁGUA – por m3: Consumo doméstico, escalões mensais:


____________________________ 2009 ________ 2010 _______ 2011

1.o Escalão (0 a 5 m3) ....................€0,40 ----------€0,43------€ 0,46
2.o Escalão (6 a 10 m3) .................€0,85 ---------- €0,91------€ 0,98
3.o Escalão (11 a 20 m3) ...............€1,37 ---------- €1,47------ € 1,58
4.o Escalão (21 a 40 m3) ...............€1,74 ---------- €1,87------ € 2,01

Comércio, indústria e obras...........€1,19 --------- €1,28------- € 1,37


2. Disponibilidade de ligação de água – valor FIXO mensal,

1” - 10m3 ........ .............................. €6,06----------€6,51------ € 6,99



3. SANEAMENTO - Disponibilidade de ligação de saneamento (fixo mensal)

Utentes domésticos .......................€0,61--------€0,64------- € 0,69
Utentes não domésticos ................€1,26--------€1,33--------€ 1,43





quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A DURAÇÃO DAS OBRAS

Algumas obras morrem porque nada valem; estas, por morrerem logo, são natimortas. Outras têm o dia breve que lhes confere a sua expressão de um estado de espírito passageiro ou de uma moda da sociedade; morrem na infância. Outras, de maior escopo, coexistem com uma época inteira do país, em cuja língua foram escritas, e, passada essa época, elas também passam; morrem na puberdade da fama e não alcançam mais do que a adolescência na vida perene da glória. Outras ainda, como exprimem coisas fundamentais da mentalidade do seu país, ou da civilização, a que ele pertence, duram tanto quanto dura aquela civilização; essas alcançam a idade adulta da glória universal. Mas outras duram além da civilização, cujos sentimentos expressam. Essas atingem aquela maturidade de vida que é tão mortal como os Deuses, que começam mas não acabam, como acontece com o Tempo; e estão sujeitas apenas ao mistério final que o Destino encobre para todo o sempre (...)

Fernando Pessoa, in 'Heróstrato'