terça-feira, 22 de setembro de 2009

11º Conferência Imprensa (21.09.09)


O candidato Dinis Costa NÃO CUMPRE nem de longe nem de perto O QUE PROMETE,
Exemplos:
  • Construir um complexo de Piscinas Municipais – prometeu e não cumpriu;
  • Recuperar o edifício que albergará a Casa da Juventude – prometeu e não cumpriu;
  • Despoluir o Rio Vizela e regatos de Passos e de Sá já em 2006 – prometeu e não cumpriu;
  • Construir uma ciclovia marginal ao rio Vizela, abrangendo toda a zona ribeirinha do concelho – prometeu e não cumpriu;
  • Contemplar 23 famílias com habitação condigna, através da construção de outros tantos fogos de habitação social, já projectados em termos arquitectónicos (agora prometem 40 habitações sociais a construir em 2013!) – prometeu e não cumpriu;
  • Captar novos investidores no concelho – prometeu e não cumpriu;
  • Instalar Quiosques Multimédia em pontos estratégicos da cidade, com acesso a informações úteis ao cidadão e sobre o concelho de Vizela – prometeu e não cumpriu
  • etc. etc. etc.
Sabe que até o descaramento tem limites … os factos desmentem o candidato Dinis Costa. O seu mandato ficará conhecido como o mandato dos 12%. Crie as ilusões que quiser ponha a maquilhagem que entender mas a verdade é que a sua politica é uma politica de duas caras. Prometer de um lado … não cumprir do outro.



1. Resenha,
  • Um candidato que se diz candidato a renovar o mandato e que depois pensa melhor e desiste,
  • Um candidato de última hora, Sr. Dinis Costa, que tenta esconder as suas enormes debilidades politicas e pessoais,
  • Um equipa estafada, desgastada e incumpridora conhecida no último segundo do prazo legal,
  • Um programa conhecido a um mês do acto eleitoral,
  • Sem ideias, sem projectos estruturantes de um desenvolvimento que se espera e volta a esperar… repetindo promessas já feitas em 2001 e 2005,
  • Um executivo que beneficia interesses instalados de forma clara e despudorada com exemplos variados nos ajustes directos já denunciados ao Ministério Público,
  • Os próprios membros do PS local não se inibem de denunciar o mau estar e o conluio de interesses entre amigos da cor … tendo em vista o controlo absoluto a seu belo prazer da terra e das nossas gentes …
Veja-se o caso da demissão do presidente da Assembleia de Freguesia de S. Miguel, Sr. Rui Manuel Rodrigues da Graça, sem invocar os motivos e passo a citar palavras do próprio “As razões que provocaram esta situação irei torná-las públicas em tempo oportuno”.

Curioso como um Presidente de Assembleia de Freguesia pede a demissão a um mês e meio das Eleições e não explica as razões de tal atitude. Nem tão pouco o partido que o suporta explica o que quer que seja. Só se entende pelo mau estar e discordância profunda mas sem a coragem necessária para afrontar um poder instalado e inquisitório.

  • Um Presidente da concelhia do PS local, um candidato a Presidente de Câmara, Sr. Dinis Costa, Vereadores, Sr. Alberto Machado, Sr.ª Dora Gaspar, funcionários da Câmara, Sr. Armando Branco, Sr.ª Maria do Céu Oliveira, quando directamente acusados de tráfico de influências na freguesia de Tagilde por um dos seus pares, um militante do PS, Sr. José António Silva, em entrevista ao Noticias de Vizela e Rádio Vizela, afirmam pela boca do actual Presidente de Câmara na última Assembleia Municipal “ irei responder por escrito na próxima semana”. Isto demonstra o estado em que as nossas instituições chegaram e o desprestígio que o nosso jovem concelho vem mantendo junto das nossas gentes e dos concelhos vizinhos. É esta a ambição da nossa cidade? É tempo de mudar e de exigir mais respeito por todos aqueles que sentem a vivem a cidade como sua.
Sobre este último ponto, a Coligação informa a cidade que não se calará insistindo as vezes que forem necessárias até que os visados respondam perante os seus eleitores sem demagogias e diversões de ocasião já bem conhecidas.

2. Intervenção Prof.ª Elódia Canteiro sobre Urbanismo e Ordenamento do Território, PLANEAMENTO E ORDENAMENTO D0 TERRITÓRIO

O planeamento e ordenamento do território incidem particularmente sobre a questão do Urbanismo, do Património, das Acessibilidades e Transportes que, interligados se conjugam para a caracterização da teia urbana.

Um espaço urbano e especificamente a cidade (urbe) é uma entidade complexa, uma vez que aí se conjugam actividades e funções com características próprias. A principal função da cidade é, sem dúvida, a habitação, inter-relacionada com o comércio e com os serviços. A indústria deve surgir articulada com a cidade, de preferência em áreas específicas de forma a minimizar o impacto da poluição. A ligação dos lugares é assegurada pelas vias de comunicação que estabelecem relações com as diferentes funções, confluindo para os locais de estar: praças e jardins que sustentam uma vivência de lazer; bairros, prédios e quarteirões que organizam a lógica da habitação na estrutura urbana. As opções tomadas ao longo da evolução histórica de um espaço reflectem-se na forma como este se organiza e permite uma maior ou menor qualidade de vida aos seus habitantes.

Não é fácil reorganizar um espaço que durante décadas cresceu de forma anárquica, sem planeamento prévio, construindo-se em pleno leito de cheia ou cortando as linhas de água (não tendo em conta um aspecto fundamental que é o facto da irregularidade do clima desta área que, consequentemente, torna as linhas de água perfeitamente imprevisíveis, originando cheias, ex: Vilar,) coabitando habitação com a actividade industrial (nos anos 80 qual era a rua de Vizela que não tinha pelo menos uma confecção na garagem de uma habitação unifamiliar?) Em que a construção clandestina grassava a olhos vistos… Trata-se de um enorme desafio, reorganizar este espaço que cresceu, inicialmente, seguindo as vias de transportes e no boom da construção e da industrialização, de forma difusa (em mancha de óleo), mas é essa a tarefa daqueles que decidem o rumo do espaço geográfico vizelense.

Como não podemos partir do zero, fazendo “tábua rasa” do património construído, é urgente conjugar o que existe, preservando o que de belo e diferente Vizela possui e torná-lo mais funcional e atractivo.

A coligação Por Vizela, conhecendo e valorizando este espaço urbano com pesada e rica herança (no nosso caso de séculos), aposta na preservação do seu património, na valorização dos seus recursos endógenos (as águas termais, o rio Vizela, as paisagens naturais, as aptidões agrícolas) e, sobretudo no potencial humano para a criação de condições de vida dignas para os habitantes actuais, sem penhorar o futuro das gerações vindouras. E porque o maior tesouro de qualquer espaço geográfico é a sua população, impõe-se um planeamento eficaz. Daí o compromisso da aposta no incremento das acções necessárias à rápida colocação em discussão pública e posterior aprovação do PDM (Plano Director Municipal); Só dessa forma poderemos definir claramente as opções em matéria de desenvolvimento e desenho urbano (localização das infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções), bem como em políticas de uso do solo, parâmetros urbanísticos e equipamentos compatíveis; definição de programas na área habitacional, estratégias para o espaço rural,…É também através deste instrumento que podem ser identificadas áreas de interesse público para efeitos de expropriação, numa lógica do interesse público em detrimento dos interesses individuais.

Numa fase de forte instabilidade económica, torna-se também imperioso pensarmos acções integradas a nível regional e intermunicipal (PROT, Planos Intermunicipais, PMOT). Vizela não pode estar de costas voltadas para os concelhos limítrofes, daí a proposta de intensificarmos as relações de complementaridade.

Na ausência de um PDM, instrumento essencial a um planeamento e ordenamento criterioso do município, os Planos de Pormenor e Planos de Urbanização tornam-se ainda mais importantes e imprescindíveis. Entre alguns que têm sido divulgados em Vizela, interrogamo-nos sobre um aditamento ao Plano de Pormenor do Poço Quente, publicado o aviso em Diários da República a 27 de Maio de 2008 e cujo processo de aditamento previa uma 1.ª fase — Participação pública dos interessados — 30 dias; e uma 2.ª fase — Elaboração do aditamento ao Plano de Pormenor —9 meses. É que, a proposta da Coligação Por Vizela, de recentrar a cidade em função do Rio Vizela, com requalificação das zonas ribeirinhas e a construção de pontes pedonais para ligação entre o Parque das Termas e a futura Zona Desportiva da Cidade, tem relação directa com o referido plano.

Estamos conscientes que o crescimento desenfreado de Vizela, ao nível da construção, não foi acompanhado por igual crescimento demográfico e muito menos económico, aspecto que se traduz em inúmeros edifícios desabitados e alguns inacabados. Teria sido mais prudente planear urbanizações em que o crescimento vertical fosse mais modesto (e adequado às necessidades) e não permitir que habitações unifamiliares ficassem rodeadas de prédios que lhes retiram toda a privacidade.

É ainda visível a falta de espaços de lazer para as crianças e espaços verdes nas áreas de construção recente. Vamos acreditar que as mesmas estão programadas e a curto prazo serão concretizadas, sob pena de se materializar parte da “receita para fazer uma cidade” de José Carmo quando diz:

Tomem-se alguns caixotes de cimento com pequenas aberturas e coloquem-se lado a lado, formando pequenos conjuntos onde caibam pequenas famílias (mas não os sonhos respectivos). Sobreponham-se então muitos conjuntos de caixotes sempre iguais até atingir alturas reservadas às aves.

Ao nível do Urbanismo e Património é urgente apostar na reabilitação urbana, com a recuperação de edifícios degradados e a preservação dos prédios oitocentistas, marco importante da evolução arquitectónica e reflexo duma intensa actividade económica e turística em Vizela. As parcerias público-privado poderão ser uma boa alternativa para reabilitar o rosto da cidade, dado que uma Câmara Municipal não tem verbas suficientes para levar a cabo sozinha este projecto fundamental para a competitividade da cidade.

A Requalificação da Ponte Romana com proibição de trânsito, a reabilitação de antigos moinhos, bem como a valorização e requalificação do artesanato, da etnografia e do folclore local, com vista à construção de um museu vivo, são apostas que deveremos privilegiar.

A Reabilitação da Praça da República (com concurso de ideias), conforme prevemos no programa eleitoral, foi recentemente posta em curso pelo actual executivo (em nosso entender de forma extemporânea), pelo que vamos estar atentos ao desenvolvimento deste projecto, caro a todos os vizelenses. Impõe-se um espaço nobre, com pouco cimento, com valorização dos vestígios arqueológicos existentes e, sobretudo, com forte apelo ao humanismo e à solidariedade.

Em síntese, elencámos algumas das propostas que urge planear e implementar para que Vizela volte a ser atractiva em termos turísticos e económicos. Desejamos poder dar sentido ao poema de António Gedeão quando diz:

Esta é a cidade e é bela.
É formigueiro que se agita,
Se esgueira, freme, crepita, ziguezagueia e flutua.
(…) Tanto sonho! Tanta mágoa!
Tanta coisa! Tanta gente!


A Coligação,

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