domingo, 11 de abril de 2010

Intervenção Coligação PSD/CDS.PP «Por Vizela» reunião ordinária n.º 12 da Câmara Municipal de Vizela


A Coligação PSD/CDS.PP «Por Vizela» lamenta, mais uma vez, a falta de transparência da Câmara Municipal de Vizela nos concursos de admissão de pessoal.

Após uma análise detalhada da lista unitária de ordenação final relativa ao procedimento concursal comum, para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo determinado, com vista ao preenchimento de um lugar para o exercício de funções de cozinheiro, quatro lugares para o exercício de funções de ajudante de cozinha e quatro lugares para o exercício de funções de auxiliar de serviços gerais, publicado pelo Aviso n.º 13527/2009, publicado na 2.ª série do Diário da República n.º 146, em 30/07 verificámos que a avaliação curricular e a avaliação de competências são completamente adulteradas pela entrevista profissional de selecção.

Quer isto dizer que os candidatos com uma classificação mais elevada na avaliação curricular e na avaliação de competências são ultrapassados pelos candidatos mais fracos na entrevista final. Entrevista esta, de carácter muito subjectivo e que permite ao executivo PS escolher os candidatos de acordo com as suas conveniências e vontade.

Além das notas cirúrgicas de 20 valores na entrevista final a Coligação também não compreende como é que a mesma tem um peso na avaliação final mais elevado que a avaliação curricular e de competências. Será que a experiência e a competência dos candidatos não é mais importante do que uma simples entrevista? Nós achamos que sim.

Estas nossas dúvidas serão certamente as dúvidas de muitos candidatos e de muitos vizelenses que não compreendem de uma forma clara os critérios da Câmara Municipal de Vizela nos processos de admissão de pessoal.

Daí ser fundamental e urgente a criação da figura do Provedor do Munícipe para evitar estes casos e para ele próprio, a pedido ou por sua iniciativa, avaliar de uma forma independente se os processos foram ou não conduzidos da melhor forma.

Aproveitámos para recordar que o PS já votou contra uma proposta da Coligação para a criação desta figura no nosso concelho. E que ficou na mesma altura de apresentar uma proposta diferente mas que no seu entendimento seria mais adequada para atingir estes objectivos.

Proposta essa que ainda não foi apresentada, pelo que podemos concluir que o Executivo PS não tem vontade nem interesse em ser devidamente fiscalizado por uma autoridade imparcial e isenta.

Para terminar recordamos ainda o Plano Anticorrupção proposto pelo Executivo PS nesta mesma Câmara e que classificava como de risco fraco a existência de corrupção na contratação de pessoal. Estes casos como outros no passado demonstram que o perigo é real e elevado uma vez que o processo é conduzido de uma forma muito subjectiva.

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